Uso interno
Dosagem recomendada: 100 a 400mg /dia.
Propriedades
Seu nome origina-se da palavra latina ‘valere’, que significa saúde, também é conhecida pelos nomes de valeriana silvestre e erva-dos-gatos. É uma planta herbácea de sabor aromático, forte característico e pouco amargo. A diversidade de seus efeitos terapêuticos é conhecida desde os tempos do Renascimento onde era muito usada pelos médicos para tratar dos ataques histéricos das damas da nobreza.
A atividade terapêutica derivada da Valeriana corresponde fundamentalmente com dois aspectos: antiespasmódico e sedante. O segundo efeito é mais valioso na sua utilização na clínica médica, já que existe um sinergismo entre os valepotriatos e o óleo essencial. Os efeitos sedativos esperados com relação à potência farmacológica são menores que os proporcionados pelos benzodiazepínicos e outros compostos similares. Várias experiências demonstraram que a raiz da Valeriana é um excelente indutor do sono em pacientes que não haviam se submetido a outros tratamentos. Assim sendo, um ácido volátil, a valeranona se comporta como um modulador do sono e inclusive participa na diminuição dos níveis de 5-O-Htriptamina e noradrenalina no cérebro de coelhos. As primeiras experiências realizadas com extratos de Valeriana em ratos determinaram diminuição dos reflexos, sedação e diminuição da atividade locomotora, medida através de testes de atividade espontânea. Foi constatada que a diminuição da motilidade nos ratos estava exclusivamente relacionada com os valepotriatos. No entanto, a adição dos óleos essenciais incrementava esse efeito. Com relação ao ácido valerênico, comprovou-se que é o mais importante dentro da mistura dos óleos que compõem a Valeriana officinalis, com relação à função depressora do sistema nervoso central de acordo com estudos comparativos junto com o diazepam, clorpromazina e fenobarbital. O efeito sedativo foi comprovado sobre pacientes voluntários que apresentavam dificuldade de dormir.
Indicações
- Ansiedade;
- Insônia;
- Depressão;
- Foco e Cognição;
- Antiespasmódico.
Contraindicações
Não usar na gravidez, lactação e em crianças menores que 3 anos.
Advertências
Pode causar no início do tratamento e em altas doses cefaléias, midríase, diarréias, entre outros. Os efeitos diminuem com a suspensão do tratamento.
A valeriana possui ação sedativa e esta propriedade poderá ser potencializada quando utilizada com benzodiazepínicos, barbitúricos, narcóticos, alguns antidepressivos, álcool e anestésicos promovendo, assim, maior tempo de sedação.
Referências
- ALEXANDRE R.F. et al. Fitoterapia Baseada em Evidências. Parte 1.Medicamentos Fitoterápicos Elaborados com Ginkgo,Hipérico, Kava e Valeriana. Acta Farm. Bonaerense 24 (2): 300-9 (2005).
- APARECIDA NICOLETTI, M. et al. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma, v.19, nº1/2, 2007.
- Fitoterapia Magistral. ANFARMAG. Guia Prático da Farmácia Magistral. Pharmabooks 3ª ed. SP, 2008.